segunda-feira, dezembro 31, 2007

QUADRA NATALÍCIA







Caros leitores:


Como é do conhecimento geral, e algo que já reiterámos por diversas vezes, este NOSSO espaço, não passa de um local de lazer, onde, tudo o que escrevemos e/ou apresentamos serve, somente, para partilhar com todos vós, tudo o que "nos vai na alma", sobre desporto em geral, e futebol em particular. Não é pois possível, como seria nosso desejo, debruçarmo-nos sobre tantos outros capítulos de interesse, e explanar de forma mais clara e objectivo, tanto quanto prática corrente tanta matéria que, por vezes, fica por tratar. Nunca é demais relembrar que devido ao facto de termos a nossa vida pessoal, o blog fica, vastas vezes para segundo plano, o que, acreditamos, é de todo compreensível pelos nossos fiéis leitores que, sabemos, são bastantes.

E porque estamos em época especial, aqui fica, em nome dos colaboradores do
http://www.gdsa.blogspot.com/, os sinceros votos de que o NATAL tenha sido muito feliz, e que o ano que aí vem seja de repleta felicidade e com a concretização de todos os sonhos idealizados.
Em suma, UM FANTÁSTICO 2008!!!

Com os melhores cumprimentos,

BRUNO ROCHA

EDUARDO MARQUES

ROLABOLA - JORNADA "18" -

quarta-feira, dezembro 26, 2007

OLHÓ PLAYER "7"


NOME: Kevin Mirallas (Lille)

POSIÇÃO: Avançado



DATA DE NASCIMENTO: 05/10/1987 (20 anos)
NACIONALIDADE: Belga
ALTURA: 1,82
NÚMERO: 27
INTERNACIONALIZAÇÕES: 2 (2 golos)

CLUBES POR ONDE PASSOU:

2004 - ... Lille

ANÁLISE:

Kevin Mirallas não é um matador, isto apesar de jogar muito bem de costas para a baliza e de ser bastante rápido quer a movimentar-se quer a executar.
A primeira vez que vi jogar este avançado foi no Euro sub-20 da Holanda e logo na estreia de Portugal frente à Bélgica. Confesso que, desde logo, fiquei curioso em seguir com mais atenção este jovem belga já que mostrou pormenores de grande qualidade. Posteriormente tive oportunidade de constatar que Mirallas é, de facto, um jogador com um largo futuro pela frente.

Por paradoxal que possa parecer, Mirallas não é um matador mas tem características muito semelhantes a Liedson. A inteligência com que se movimenta, a velocidade com que aparece nos espaços vazios, a forma como nunca desiste de nenhum lance e a facilidade de remate fazem deste belga quase que um clone de Liedson. Diria que, para ser um finalizador nato como o brasileiro, apenas lhe faltará ganhar mais experiência (é ainda um jovem!) e, mais importante que tudo, jogar numa equipa onde seja a principal referência de ataque (tal como é o leve).

Ao que parece, o Benfica está interessado em contratar um avançado com características diferentes das de Cardozo. Mirallas é daqueles jogadores que aprecio bastante e, olhando para o modelo de jogo do Benfica, o belga reune todas as características que Camacho procura. Rapidez, facilidade em cair nas alas e, lá está, essa qualidade extra de saber jogar atrás do ponta-de-lança.
Um jogador de futuro que, a meu ver, seria uma mais valia para o futebol português.

VIDEO:

Com pés... (ver 2º golo)



E cabeça ..


terça-feira, dezembro 25, 2007

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Saragoça 2-2 Valência
(Diego Milito, Sergio Garcia; Zigic, David Silva)

Barcelona 0-1 Real Madrid
(Julio Baptista)

Arsenal 2-1 Tottenham
(Adebayor, Bendtner; Berbatov)

Blackburn 0-1 Chelsea
(Joe Cole)

Nancy 1-1 Lyon
(Malonga; Milan Baros)

St. Ettiene 0-1 PSG
(Luyindula)

Auxerre 1-0 Mónaco
(Traore)

Inter 2-1 Milan
(Cruz, Cambiasso; Pirlo)

Palermo 2-2 Lázio
(Simplicio, Amauri; Firmani, Tare)

OLHÓGOLO:

Sporting 2-1 Paços Ferreira

OLHÓGOLO MVP: Vukcevic





CONSIDERAÇÕES:

- Pedro Faria é campeão de Inverno. Esta distinção vale o que vale mas, ainda assim, não deixa de ser algo de assinalável. Depois de vencer a temporada anterior, Faria mostra-se disposto a lutar até às últimas pelo bi-campeonato. Para já, qual Porto, está à frente e dispõe de uma vantagem, diria, extremamente confortável.

- Sérgio Gouveia, um estreante em termos de Rolabola, sentiu, pela primeira vez, a sensação de vencer uma jornada. É bom que não se habitue...

- Sem mencionar nomes, há jogadores que, se tivessem vergonha na cara, já deveriam ter colocado o seu lugar à disposição. Em tudo na vida... HÁ LIMITES! :)

NOTA: A todos os participantes, volto a repetir. No Olhógolo MVP apenas poderá ser escolhido um jogador que participe no jogo relativo ao Olhógolo.
Quanto ao Marcador de Serviço, também apenas poderá ser escolhido um jogador de uma equipa que esteja inserida no boletim.

BOAS FESTAS A TODOS!

* A próxima jornada do Rolabola está marcada para dia 6 de Janeiro.

domingo, dezembro 23, 2007

Bwin: Sporting vence pela mínima o Paços

Sporting 2-1 Paços Ferreira
(Vukcevic, Romagnoli; Edson)

Simon: O "10" que virou "9"



E de repente, o Sporting fez duas vitórias seguidas para a liga e já (só) está a 9 pontos do lider FC Porto. Se tivermos em linha de conta que a semana passada, por volta dos 75 minutos na Madeira, os "leões" estavam a 15 pontos, então até se pode dizer que não é nada mau acabar o ano a apenas 3 derrotas do seu adversário directo.

Desde já digo claramente que o que se viu em Alvalade foi mau, muito mau até. Sporting e Paços de Ferreira proporcionaram um fraco espectáculo de futebol, sendo que, obviamente, a responsabilidade em atacar e dar outra cor ao jogo cabia exclusivamente à equipa liderada por Paulo Bento. Não foi isso que aconteceu e, muito sinceramente, não se percebe porquê. O Sporting, bem cedo em desvantagem através de um golo do angolano Edson, nunca conseguiu impor um ritmo de jogo elevado e capaz de perturbar profundamente a estrutura defensiva do Paços de Ferreira. A equipa pacence deu-se ao luxo de, por diversas vezes, sair a jogar com tranquilidade e, ainda mais preocupante, trocar a bola no meio-campo do adversário na maior das calmas.
O que valeu ao Sporting foi que, no primeiro tempo, haviam 3 unidades claramente inspiradas. Abel foi sempre uma mais valia em termos ofensivos e criou muitos desequilibrios na defesa pacence; Miguel Veloso foi preponderante na organização do ataque leonino e do seu pé esquerdo sairam variadíssimos passes de ruptura - num deles nasceu o primeiro golo do Sporting -; Simon Vukcevic, qual número "9", mostrou mais uma vez "pé quente" e abriu caminho para a vitória do Sporting através de um bom remate cruzado com o seu melhor pé, o esquerdo. Dizer também que foi o montenegrino o responsável pela grande penalidade causada por Peçanha (viria a ser expulso na sequência do lance), tornando-se assim, a meu ver, a unidade mais influente no jogo.

Mais do que o triunfo leonino, vitória que, apesar de pouco conseguida, efectivamente não sofre contestação, importa salientar a inclusão de Miguel Veloso na posição de lateral esquerdo, isto em todo o segundo tempo. Naturalmente que o "24" dos leões não se sente tão à-vontade como no meio-campo. Nisso, todos estamos de acordo. Agora, parece-me interessante ver Miguel Veloso nessa posição, tendo em conta todo um contexto de selecção nacional. Sabendo de antemão que Petit deve ser (e muito bem!) dono da posição de trinco, na minha opinião, poderia ser deveras interessante ver Veloso, um esquerdino, na posição de lateral esquerdo. Obviamente que Veloso não é um jogador muito rápido, algo que podia ser prejudicial frente a selecções com extremos rápidos. Contudo, tendo em conta que Ricardo Carvalho e Pepe são exímios nas dobras, tendo também em conta que a matéria prima para essa posição não abunda (não me venham com a treta do Paulo Ferreira), parece-me que Portugal podia ganhar qualquer coisa com essa novidade. Qualidade de passe, capacidade de Miguel Veloso em tirar cruzamentos perigosos sem propriamente ir à linha de fundo seriam dois requisitos que dificilmente veriamos em Paulo Ferreira ou Caneira.

Espero sinceramente que Paulo Bento continue a apostar mais vezes em Miguel Veloso como lateral esquerdo (até porque está a começar a aparecer outro jogador de grande qualidade - Adrien Silva -) já que só assim é que o mesmo poderá ser opção, nessa posição, em termos de selecção. Todos nós sabemos que tentar encontrar novas soluções através da experimentação de jogadores noutras posições, testar novos sistemas tácticos, capacidade de improvisação... Não são nem nunca foram qualidades reconhecidas ao patrão da federação/seleccionador nacional.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Bwin Liga: Benfica acaba ano com goleada


Benfica 3-0 Estrela Amadora
(Rodriguez, Cardozo g.p, Nuno Gomes)



O Benfica regressou às vitórias para a liga graças a um triunfo gordo frente ao Estrela da Amadora. O jogo contou com duas partes completamente distintas, sendo que a segunda foi aquela em que tivemos mais Benfica. De resto, foi só na etapa complementar que tivemos os três golos do jogo, curiosamente ou não, o futebol dos da casa foi outro a partir do momento que Camacho alterou o sistema - passou do habitual 4-2-3-1 para o 4-4-2 -.

Confesso que não me apetece muito falar das incidências do jogo até porque, para sermos rigorosos, não há muito para dizer. Na primeira parte não houve futebol; na segunda, o Benfica forçou o ritmo, mudou de sistema, jogou com mais unidades de ataque e, inerentemente a tudo isso, vieram os golos, as boas combinações ofensivas e, mais importante que tudo, a vitória que andava a fugir nestes últimos compromissos.

A crónica ao jogo de hoje tem alguns contornos diferentes da habitual. Gostaria de falar sobre a substituição operada por Camacho ao intervalo do jogo. Como é sabido, o espanhol tirou Rui Costa e colocou Nuno Gomes. Assim, Cardozo passou a ter companhia no ataque e a verdade é que a equipa mostrou-se diferente e para melhor. Calculo que a outra alteração - Nelson por Di Maria passando Maxi para lateral - tenha tido muita influência até porque o argentino é daqueles que, bem ou mal, procura sempre mexer com o jogo... Mas, a grande questão que se impõe é:

RUI COSTA DEVE CONTINUAR A TER A PREPONDERÂNCIA QUE TEM TIDO NO BENFICA?

Na minha opinião, um claro NÃO, não deve. Passo a explicar:

1. Rui Costa tem 35 anos. Não conheço nenhum jogador das equipas europeias de nível médio-alto que tenham um médio centro a jogar entre 180 a 270 minutos por semana.

2. Olhando para o plantel que dispõe e, mais concretamente, para a linha avançada, o Benfica tem necessidade de jogar com dois avançados dado que nenhum deles consegue render a jogar sozinho. Para se jogar com duas unidades no ataque, um médio tem de sair. Parece-me lógico que Rui Costa não tem "pernas" para jogar com apenas um trinco atrás dele.

3. Com Rui Costa a equipa ganha classe, experiência, maturidade, organização mas perde capacidade de combate a meio-campo e, mais importante que tudo isso, capacidade em pressionar alto.

4. Com Rui Costa, a equipa torna-se mais previsível dado que parece obrigatório que a bola tenha de passar pelos seus pés. Uma equipa inteligente (o Porto anulou Rui Costa e dominou o jogo), anulando Rui Costa, tem meio trabalho feito para equilibrar o jogo com o Benfica.

Posto isto, gostaria de dizer que sou um admirador nato do Rui Costa. Atenção que não estou nem nunca estarei de acordo com Joe Berardo. Apenas quero deixar vincado que acho que Rui Costa não pode jogar com a regularidade e a intensidade que o tem feito. À medida que os jogos vão passando, naturalmente que Rui Costa vai perdendo fulgor e o Benfica perde claramente com isso. Sou claramente a favor da contratação de um médio ofensivo que pudesse fazer de Rui Costa. Nesse sentido, o maestro passaria a estar mais vezes no banco de suplentes mas, quando entrasse na segunda parte, daria à equipa outra capacidade, outra dinâmica.

Não sei se os leitores estão de acordo com a minha posição e, como tal, gostaria que COMENTASSEM este tema em relação ao Rui Costa.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

FOTO DO DIA




Tanto talento e tão pouca cabeça. Para o Benfica? Agora... Nem dado!

terça-feira, dezembro 18, 2007

segunda-feira, dezembro 17, 2007

ROLABOLA

Resultados e Marcadores:

Lázio 2-3 Juventus
(Pandev (2); Trezeguet, Del Piero (2))

Sampdória 2-2 Fiorentina
(Gastaldello,Cassano; Mutu, Donadel)

Valência 0-3 Barcelona
(Eto'o (2), Gudjhonsen)

Huelva 0-0 Atlético Madrid

Liverpool 0-1 Manchester United
(Tevez)

Arsenal 1-0 Chelsea
(Gallas)

Ajax - PSV*
(ADIADO)

Belenenses 1-0 Benfica
(Weldon)

Maritimo 1-2 Sporting
(Fogaça; Vukcevic (2))

OLHÓGOLO:

Porto 2-0 Guimarães
(Tarik, Lisandro)

OLHOGOLO MVP: Lucho González (FC Porto)
(Jornal "A BOLA")





CONSIDERAÇÕES:

- Pedro Faria e André Braz continuam em alta. A regularidade tem sido fundamental para ambos estarem lá em cima. Será que Zé Boinas vai aguentar o ritmo dos dois da frente?

domingo, dezembro 16, 2007

Mundial de Clubes: Venceu o mais forte!


Milan 4-2 Boca Juniors
(Inzaghi (2), Nesta, Kaká; Rodrigo Palácio, Ambrosini p.b)


- Inzaghi o decisivo... KAKÁ O FABULOSO


Excelente jogo de futebol. Apesar do resultado, não se pense que foi um passeio para o conjunto italiano. O Boca apresentou-se muito bem e chegou mesmo, a dada altura, a jogar o jogo pelo jogo. O problema foi que os rossoneri tiveram Kaká ao seu melhor nível. Perante isso, nada a fazer. Por duas vezes Inzaghi limitou-se a cumprir o seu papel, isto depois de duas assistências do mágico brasileiro.

Destaco neste jogo dois momentos: o 3º golo do Milan inventado por Kaká (cavalgada impressionante pela esquerda) e o minuto 73 da partida em que Kaká faz uma arrancada fabulosa pelo meio, sofre falta à entrada da área e, no livre, Pirlo, de forma genial, remate intensionalmente de forma rasteira enganando a barreira (que saltou toda), sendo que só por milagre a bola não entrou já que passou ligeiramente ao lado.


Prémios Individuais:

Bola de Bronze: Rodrigo Palácio (Boca Juniors)

Bola de Prata: Clarence Seedorf (Milan)

Bola de Ouro: Kaká (Milan)

Prémio Toyota (MVP da final): Kaká (Milan)

Bwin Liga: Benfica cai no Restelo

Belenenses 1-0 Benfica
(Weldon)



O Benfica perdeu ontem em Belém frente ao Belenenses por uma bola a zero, resultado perfeitamente justo dado àquilo que, fundamentalmente, o Benfica não fez em 90 minutos. Pouco, muito pouco mostrou a equipa de Camacho no jogo de ontem, muito mau para quem luta (ou lutava) objectivamente pelo título nacional. Aproveitou o Belenenses para, com uma exibição segura e organizada (um pouco à imagem do seu treinador), arrecadar os três pontos, mas, quem efectivamente ficou a ganhar foi o FC Porto que praticamente à mesma hora cumpria a sua missão em levar de vencida um difícil Guimarães que, mesmo perdendo, demonstrou no dragão o porquê de estar em 3º lugar na tabela.

Falando mais concretamente no jogo, na minha maneira de ver, Camacho continua a cometer alguns erros, nomeadamente a nível táctico e também em questões de posicionamento de alguns jogadores. Apesar de ser um apreciador do 4-2-3-1, creio que este sistema não é o ideal tendo em conta o plantel que o espanhol tem. Vamos por partes:

1. Camacho não tem culpa da falta de ritmo de Petit. O internacional português está muito longe (mesmo muito) daquilo que pode e sabe fazer. Contudo, estando ou não em bom momento, já o disse várias vezes e volto a repetir, Petit não tem o mesmo rendimento jogando na condição de duplo-pivot defensivo, portanto, tendo Katsouranis a seu lado e com as mesmas funções.
O caso de Katsouranis é exactamente igual, sendo que até considero que o grego esteja bem sob ponto de vista físico. Ora, se está bem fisicamente e não rende, a isso se deve ao facto de, também ele, não estar vocacionado para actuar como "bi-médio defensivo".
A posse de bola na primeira parte (61% contra 39%) diz bem do "baile" que o Benfica levou no meio-campo. Os trincos jogaram muito perto dos centrais e Rui Costa, como é sabido, só joga com bola.

2. Se no ponto acima falei por alto em Rui Costa, neste ponto tenho de referir-me de forma mais concreta ao "maestro" até porque fala-se muito daquilo que a equipa ganha tendo um jogador desta categoria em campo mas não se fala daquilo que o Benfica perde com um jogador de 35 anos a jogar 90 minutos por jogo e 3 vezes por semana.
Em primeiro lugar, creio que todos estamos de acordo ao dizer que Rui Costa é fundamental neste Benfica. A experiência, a classe, a forma desinibida com que assume o jogo, tudo isso é evidente. Contudo, Camacho tem exagerado na forma como tem utilizado o "10". Tem sido claro e inequívoco que Rui Costa tem vindo a baixar o seu nível de jogo. Mais, não me recordo de, nos últimos encontros, ter visto uma segunda parte de grande nível do antigo jogador do Milan. Atenção, isto não é uma crítica ao atleta, nem pouco que se pareça. É perfeitamente compreensível que o Rui tenha quebras nomeadamente ao nível físico.
Os leitores, ao lerem isto, podem argumentar com o facto de José António Camacho não ter rigorosamente mais ninguém para organizar o jogo, para ler a partida. Naturalmente que estou de acordo, isto apesar de ter para comigo a ideia que Cristian Rodriguez poderia talvez fazer essa posição. Assim sendo, se Camacho não tem mais ninguém (ok, tem Adu mas ainda é muito verde), por que razão o Benfica não comprou um médio organizador (falou-se em Willian, Riquelme, D'Alessandro entre outros) se todos nós sabiamos que Rui Costa não poderia ser o mágico que todos nós conheciamos? pois é, mais cedo ou mais tarde, isto ia acontecer. E então se tivermos dois trincos a anularem-se um ao outro durante todo o jogo... Naturalmente que o meio-campo "encarnado" não pode funcionar.

3. O ponto 2 serve de ligação para este terceiro ponto. Como é sabido, Camacho gosta muito de jogar em 4-2-3-1 ou no tradicional 4-4-2 com dois médios ala e dois avançados. Ora, falando ainda em Rui Costa, parece-me que detectamos desde logo mais um problema. Camacho já o disse, o maestro é indiscutível e fundamental para este Benfica. A questão que desde logo se coloca é: como fazer para jogar num sistema com dois avançados e dois extremos "à antiga" sabendo de antemão que Rui Costa tem de jogar? A resposta, na cabeça de Camacho, é simples. Não dá (principalmente fora de portas) para jogar com um médio defensivo mais Rui Costa. Por conseguinte, não dá para jogar em 4-4-2.
Qual bola de neve, a insistência no 4-2-3-1 leva-nos rapidamente à questão dos avançados. Baseando-me apenas em Cardozo e Nuno Gomes (os outros não contam), parece-me evidente que, quer um quer outro, não têm características para jogarem "abandonados" na frente de ataque. Em relação ao paraguaio, mantenho a minha ideia. O "tacuara" pode ser muito útil ao Benfica, isto se as suas características forem devidamente aproveitadas. Já vimos que não é neste sistema actual, em que tem dois falsos alas e um número "10" que não tem características para rasgar uma defesa ou tabelar de forma determinada com o ponta-de-lança, que o Benfica lá vai. Cardozo precisa de alguém que desgaste uma defesa, de alguém que lhe permite ter mais espaços para fazer uso da sua principal arma: o seu fortíssimo pontapé de pé esquerdo. Ora, para termos um melhor aproveitamento de Oscar Cardozo, nada melhor que ter um complemento como o é Nuno Gomes. Já se sabe que o "21" não é um finalizador nato e também não é jogador para lutar sozinho contra uma defesa (razão óbvia para também não poder actuar sozinho na frente de ataque no actual sistema). Os pontos fortes do internacional português são precisamente os aspectos que referi nas necessidades de Cardozo. Nuno Gomes é um jogador que joga relativamente bem de costas para a baliza já que se movimenta bem e tem como ponto forte o facto de ser inteligente na forma como abre espaços para os seus companheiros finalizarem. Não sendo um jogador que me agrada profundamente (até sou apologista da sua saída do clube para bem dele próprio), creio que, tendo em conta o plantel actual, poderia ser uma boa solução jogar com Nuno Gomes e Cardozo na frente de ataque.

4. Queria falar ainda das laterais do Benfica mas, uma vez que a escrita já vai longa, deixo isso para uma próxima altura. Assim por alto, parece-me lógico que Maxi Pereira não é um médio direito que aporte grande coisa ao lado direito do ataque - acho inclusivé que o uruguaio seria bem mais útil como lateral, fazendo o corredor e utilizando, consequentemente, o seu enorme pulmão -; por sua vez, Rodriguez é um enorme jogador mas acho que poderia dar mais qualquer coisa numa zona interior do terreno - talvez num 4-3-3 estilo Porto em que o "cebola" faria de Raúl Meireles; finalizando, urge contratar rapidamente um lateral direito (e não um lateral esquerdo) já que Luis Filipe e Nélson não são jogadores para o Benfica.

Vida difícil para o Benfica, tudo mais fácil para o FC Porto que, salvo uma enorme quebra de rendimento lá para Fevereiro, vai certamente conquistar mais um título para as suas fileiras.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

OLHÓ PLAYER "6"


Nome: Andwelé SLORY (Feyenoord)

Posição: Extremo



DATA DE NASCIMENTO: 27/09/1982 (25 anos)
NACIONALIDADE: Holandesa (nasceu no Suriname)
ALTURA: 1,70
PESO: 63 kg
NÚMERO: 11
INTERNACIONALIZAÇÕES: 2

CLUBES POR ONDE PASSOU:

2000-2005: Stornmvogels Telstar (77 jogos, 21 golos)
2005-2007: Excelsior (65 jogos, 26 golos)
2007-...: Feyenoord

CURIOSIDADE:

Slory nasceu em Paramaribo (Suriname). À primeira vista, esta cidade não nos diz absolutamente nada. Pois, se lhe disser que Davids, Seedorf e o nosso conhecido Jimmy Hasselbaink são precisamente oriundos de Paramaribo, assim já é outra conversa. Quem ficou a ganhar foi, sobretudo, a selecção holandesa...

ANÁLISE:

Um autêntico Douala com técnica. Não foi por acaso que Marc Van Basten já o chamou por duas vezes para a selecção principal da Holanda, ainda que para jogar dois jogos amigáveis (Coreia do Sul e Tailândia).
Andwelé Slory é um extremo puro se bem que, e apesar de nunca o ter visto no Feyenoord como avançado centro (com Makaay em campo torna-se difícil), pelas suas características, facilmente daria um bom avançado. Aliás, basta ver o número de golos que marca por ano (a época passada marcou 12 golos em 29 jogos) fruto da sua qualidade técnica e fundamentalmente da sua velocidade.

Confesso que esta época tenho visto muito mais o PSV ou o Ajax do que propriamente o Feyenoord. Ainda só por duas vezes vi o Feyenoord (Groningen e VVV) e, curiosamente, foram dois jogos em que o resultado não foi bom (derrota 3-2 com o Groningen e 0-0 na casa do modesto VVV. Mesmo com poucos dados (em breve terei mais dados para poder analisar esta equipa do Feyenoord no OLHO CLÍNICO até porque é das poucas equipas que vejo alinhar sem o chamado trinco), Slory destacou-se dos demais. Muitas vezes a equipa alinhava em contra-ataque e, nesse capítulo, Slory era a principal arma. É muito rápido e faz muito bem as diagonais em direcção à baliza. Frente ao Groningen jogou à esquerda mas também andou pela direita, contra o VVV alinhou quase todo o jogo no flanco direito.



Gostei muito de ver Slory a jogar como extremo direito. Olhando, por exemplo, para a actual equipa do Benfica, acho que dava um enorme jeito naquela posição.
Curiosamente, não é daqueles extremos que, quando joga à esquerda, prefere flectir para o meio em busca do remate. Pelo que me foi dado a aperceber, Slory prefere apostar na velocidade de modo a ganhar a linha de fundo. Tem ainda a particularidade de não ser um jogador egoista e é uma boa muleta em termos defensivos.


Aí está, quanto a mim, mais um jogador interessante e com características que o podem tornar um atleta com bom mercado. A esse respeito, desde já digo que Slory, antes de esta época se transferir para o Feyenoord, esteve muito perto de se tornar jogador do Manchester City de Erikson. Acredito que com uma boa época ao serviço do clube holandês, Slory possa vir para uma liga mais apetecível. O "menos" disto tudo é que o Feyenoord não está nas competições europeias, algo que faz com que o trabalho deste (agora) holandês se torne menos visível.

Vídeo



quinta-feira, dezembro 13, 2007

VER PARA CRER



by Pedro Neto, blog encarnados

Champions: Sporting despede-se da Liga Milionária com goleada


Sporting 3-0 Dinamo Kiev
(Polga g.p, Moutinho, Liedson)



O jogo ideal. Melhor dizendo, os jogos ideais para tentar afastar os sintomas de crise. Louletano para a taça e o frágil Dinamo de Kiev vieram na melhor altura. Aliás, creio que este jogo da liga dos campeões não podia vir em melhor fase. Para qualquer equipa que não vive um bom momento, nada melhor que poder fazer um jogo perante um adversário sem objectivos e, mais importante que tudo, perante uma rara situação de não haver qualquer tipo de pressão para os jogadores do Sporting dado que, ao contrário da taça de Portugal ou campeonato, não haviam quaisquer riscos a nível de posição na tabela classificativa ou de uma eliminação imediata em caso de uma não vitória. Perante esses moldes, foi bom o Sporting ter conhecido a sua situação europeia antes mesmo deste derradeiro encontro.

No que diz respeito ao encontro, creio que foi uma vitória fácil, convicente e, porventura, mais tranquila do que aquilo que se esperava. Tirando uma ou outra situação embaraçosa no primeiro tempo e uma ou outra avançada interessante do Dinamo no inicio da segunda parte - dizer que Rui Patricio resolveu bem os poucos problemas que teve -, diria que o Sporting nem parecia uma equipa abalada pelos recentes maus resultados. Nesse contexto, vitória gorda, regresso do "leve" aos golos, quebra da malapata dos penalties, estreia absoluta (e positiva) de Adrien Silva como titular na liga dos campeões... Enfim, foi tudo de bom para quem tem tido dias menos felizes. A ver vamos como vai ser a resposta da equipa leonina no próximo domingo frente ao Marítimo. Normalmente, depois de uma boa noite europeia, temos tido autênticos desastres por parte do conjunto de Paulo Bento. Sabendo que na Madeira não é fácil passar, a pergunta que se impõe é simples: Que Sporting vamos ter frente ao Marítimo? será o de Manchester, Roma ou aquele que venceu duas vezes ao Dinamo Kiev ou teremos o Sporting tristonho, sem ideias e desarrumado que temos vistos em termos internos?

A resposta será dada domingo por volta das dez da noite...

PS: Confesso que sou admirador de Paulo Bento. Tal como o era como jogador, considero-o um lider e isso é muito importante para quem tem a missão de gerir um grupo. Mais uma vez, neste jogo vimos pormenores do grande treinador que é Paulo Bento. A titularidade a Liedson e a excelente aplicação do mesmo, mostrando estar com vontade de trabalhar e mostrar a sua qualidade; a confiança em Polga na penalidade, quando talvez o mais fácil fosse mudar o marcador de serviço; a titularidade dada a Adrien Silva mostrando a Miguel Veloso que não é imprescindível no Sporting; a nova oportunidade dada a Pontus Farnerud revelando que Paulo Bento pensa pela sua própria cabeça e que não olha a recados vindos do público ou dos jornais; a confiança depositada em Rui Patricio mesmo depois de algumas falhas comprometedoras do jovem guarda-redes português - tirar Patricio do onze quando este estava num momento menos bom podia ser fatal para o futuro do jovem (é diferente se, por exemplo, sair no próximo jogo frente ao Marítimo, isto depois de dois jogos positivos e tranquilos).
Por tudo isto e muito mais, Paulo Bento é e (provavelmente) será um dos melhores treinadores portugueses no futuro.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Fim-de-semana vitorioso




Com um raro fim-de-semana disponível para sentar-me no sofá e ver a bola, nada melhor que ter adquirido a Sporttv nesta 6ª feira passada para, no fundo, fazer aquilo que tanto prazer me dá.
Para quem não sabe, para além do Benfica, há outros clubes que nutro admiração. Em Espanha simpatizo com o Sevilha e com o Atlético de Madrid; em Inglaterra sou fanático pelo Manchester United; em Itália, apesar de não gostar de Mancini, sou adepto do Inter de Milão; na Holanda gosto do Ajax; Alemanha e França não tenho gostos até porque detesto as respectivas selecções.

Ora, conforme podem verificar, todas as equipas de quem gosto ganharam este fim-de-semana. Manchester (4-0), Sevilha (3-1), Inter (4-0) e Benfica (3-1) tiveram triunfos mais ou menos tranquilos enquanto que Ajax (2-3) e Atlético de Madrid (1-0)tiveram de suar muito para conseguir o triunfo.



Das minhas 6 equipas, tive oportunidade de assistir a 4 - Man Utd, Inter, Atlético e os últimos 20 minutos do Benfica -. Em Inglaterra o Manchester venceu de forma tranquila o Derby County e continua a mostrar um futebol atractivo e totalmente virado para o ataque; em Itália, um Inter com muitas ausências chegou perfeitamente para "atropelar" o Torino que tem em Rosina a sua principal estrela - o italiano consegue inclusivé tirar o lugar a Alvaro Recoba - mas que foi insuficiente para travar o poderio dos nerazzurri; finalmente, em Espanha tivemos um Atlético de Madrid estranho. É precisamente sobre o Atlético que gostaria de falar mais uma vez.

Já vi vários jogos do Atlético de Madrid esta época e em todos eles fiquei com a mesma impressão: há ali um enorme potencial mas falta qualquer coisa. Aquela frase que todos nós conhecemos "um bom ataque ganha jogos e uma boa defesa ganha campeonatos" parece encaixar na perfeição nesta equipa do Atlético. Ver a qualidade dos extremos do Atlético, ver um meio-campo que se complementa muito bem como são os casos de Raul Garcia e Maniche e, por fim, ver a fantástica dupla de ataque composta por Fórlan e o sensacional Kun Aguero, deixa qualquer adepto com a sensação de que com 6 jogadores de tamanha capacidade, é efectivamente possível ombrear com Real Madrid e Barcelona em busca de títulos.
O que se passa neste Atlético é que a qualidade do meio-campo para a frente não é comparável com aquela que vemos no sentido inverso. À direita da defesa, não me parece que Varela, António Lopez (um esquerdino) ou o nosso conhecido Seitaridis sejam de uma qualidade acima da média; depois, à esquerda, Pernia é um jogador com um bom pé esquerdo, capaz de efectuar bons centros e bons livres mas, a defender, deixa muito a desejar - a sua dificuldade em fechar por dentro é evidente e a sua lentidão é notória -; no centro da defesa, temos 4 centrais fracos tendo em conta a dimensão do clube. O menos mau acaba por ser o colombiano Perea, um jogador relativamente rápido, algo que lhe permite apagar alguns fogos. Depois, temos Eller, um brasileiro do pior que há por esta Europa e temos também o nosso conhecido Zé Castro que, sinceramente, ainda hoje estou para perceber como é que saíu da Académica para um clube desta envergadura.
Finalmente, teremos de falar dos guarda-redes do clube madrileno. Léo Franco é mau, Abbiatti é igualmente fraco. Quem viu o italiano ainda ontem, percebeu a intranquilidade que este mesmo dá a uma defesa. Cada vez que a bola chegava perto da sua baliza era um problema, cada vez que o italiano jogava a bola com os pés era uma aflição.

Só por milagre é que ontem o Atlético de Madrid conseguiu levar de vencida o irreverente Getafe treinado pelo grande Laudrup. Aliás, já há duas semanas o Atlético teve a enorme felicidade de vencer em casa o Valladolid por 4-3, num golo de auto-golo e no último minuto da partida.
Assim, parece evidente que em termos defensivos não respira a mesma saúde que respira em termos ofensivos. Dá gosto ver jogar Aguero, dá gosto ver Fórlan marcar à mínima oportunidade que dispõe, dá um enorme prazer ver a rapidez com que os alas madrilenos inventam oportunidades de golo. Contudo, uma equipa para ser considerada GRANDE tem de ser construída de trás para a frente e não o contrário. Se em Janeiro as coisas não mudarem, ou seja, se não houver reforços de qualidade para o sector defensivo do Atlético, então dificilmente a equipa de Aguirre estará perto dos lugares da frente. A ver vamos se o presidente madrileno tem mais milhões (já gastou 80) para gastar. Pelos rumores (fala-se de Van der Vaart), parece que sim. Agora, na minha opinião, não é a comprar cracks para a frente que o Atlético vai lá!

PS: A imagem que coloquei logo ao ínicio não foi por acaso. Trata-se de um dos jogadores mais regulares que já vi em toda a minha vida. Javier Zanetti, um verdadeiro capitão, um grande jogador, um exemplo de longevidade, enfim, uma referência para todos aqueles que adoram futebol!

ROLABOLA Jornada 16

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Palermo 2-0 Fiorentina
(Miccoli, Fábio Simplicio)

Livorno 1-1 Roma
(Diego Tristan; De Rossi)

Auxerre 0-1 PSG
(Luyindula)

Osasuna 0-0 Valência

Bilbao 0-1 Real Madrid
(Nistelrooy)

Hannover 4-3 Werder Bremen
(Hanke (3), Baumann p.b; Rosenberg (2), Diego)

Reading 3-1 Liverpool
(Hunt, Doyle, Harper; Gerrard)

Taça de Portugal:

Sporting 4-0 Louletano
(Purovic (2), Vukcevic, Izmailov)

Amadora 4-2* Fátima (2-2 para efeitos de Rolabola)
(Mateus, Gomes, Hugo Carreira, Paulo; Veríssimo, N.Gomes)

OLHÓGOLO:

Benfica 3-1 Académica
(Luisão, Cardozo (2); N'Doye)

OLHÓGOLO MVP: Oscar Cardozo (Benfica)
(Jornal "A BOLA")

*após prolongamento





CONSIDERAÇÕES:

- Pela positiva, terei obviamente de destacar a minha prestação. É caso para dizer que finalmente tivemos um "cheirinho" daquilo que poderei vir a fazer em termos futuros. Ao contrário de Brazes, (Ernesto) Farias e Boinas, aqui está a prova de que com um futebol espectáculo, harmonioso e totalmente virado para o ataque, também se pode ganhar. Com humildade, serenidade e, como diz o outro, tranquilidade, caminho a passos largos para o título. Para já, entendam o 5º lugar como uma ameaça. Be careful!

- Provavelmente, o segundo lugar (na jornada) mais doloroso da época. Pelé, com 19 pontos, acabou por ser o segundo mais bem pontuado nesta 15ª jornada. Aquilo que os outros leitores não sabem é que o mesmo apostou a um jantar comigo em como ficaria à minha frente no final desta mesma jornada. Sabe tão bem jantar "à pato". :)

- Palavra final para o campeão em título Pedro Faria que ganhou uma boa margem em relação aos seus principais adversários. Uma vantagem de 10 pontos em relação a André Braz deve provavelmente garantir a liderança até ao final do ano. Estará encontrado o campeão de Inverno? Braz e Zé Boinas têm a palavra...

domingo, dezembro 09, 2007

Taça de Portugal: Benfica vence Académica


BENFICA 3-1 ACADÉMICA

Segue em frente o Benfica na Taça, isto num fim-de-semana onde, de resto, não houve surpresas de maior.
Apenas tive oportunidade de assistir aos últimos 20 minutos da partida, pelo que não me é possível fazer uma crónica detalhada daquilo que foi o jogo.
As notas de destaque vão para os dois golos de Oscar Cardozo (mais um de cabeça) e para mais um golo de Luisão frente ao seu adversário talismã. Quanto à partida, parece-me que houve mais Benfica no primeiro tempo e mais Académica no segundo. Um resultado pela mínima, pelos vistos, era mais de acordo com aquilo que foi o jogo mas, no fundamental, creio que a vitória do Benfica se aceita perfeitamente.

Ficha de Jogo:

Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)

BENFICA
Butt; Nélson, Luisão, Edcarlos e Léo (Luis Filipe); Petit, Nuno Assis, Binya e Di María (Adu); Nuno Gomes e Cardozo (Mantorras).

Suplentes: Quim; Luis Filipe, Mantorras, Rui Costa, Bergessio, David Luiz e Adu.

Treinador: Jose António Camacho.

ACADÉMICA
Pedro Roma; Pedro Costa, Litos, Kaká e Vítor Vinha; Paulo Sérgio (Ivanildo), Pavlovic, e N'Doye (Miguel Pedro); Lito, Joeano (Gyano) e Hélder Barbosa.

Suplentes: Rui Nereu, Miguel Pedro, Orlando, Cris, Ivanildo, Nuno Piloto e Gyano.

Treinador: Domingos Paciência.

Marcadores:

1-0 Luisão (de cabeça após pontapé de canto)

2-0 Cardozo (passe de Léo a isolar o paraguaio que só teve de desviar à saída de Pedro Roma)

2-1 N´Doye (remate a meia altura de fora da área e onde a colaboração de Butt foi determinante)

3-1 Cardozo (cruzamento de Nuno Gomes da direita e Cardozo, completamente sozinho, cabeceou bem para o fundo das redes)

sexta-feira, dezembro 07, 2007

UEFA CUP



Benfica e Sporting aguardam o sorteio da próxima fase da Taça Uefa, o Sporting de Braga, depois de um empate na Grécia frente ao Aris de Salónica, está, também, muito perto desse objectivo. Uma vitória na última jornada por 2-0 em casa frente ao Estrela Vermelha significa, desde logo, o apuramento, uma vez que ficaria em vantagem de golos comparativamente com o Bolton. O triunfo pela mínima, desde que o Bayern Munique cumpra a sua missão de ganhar ao Aris, significa também o apuramento. Portanto, tudo nas mãos do conjunto bracarense.

OS FAVORITOS

Partindo do pressuposto que apenas há uma vaga na final da Taça Uefa - o Bayern Munique é claramente mais favorito que todos os outros -, ainda esta semana pude assistir a dois jogos onde estavam inseridas, quanto a mim, duas das candidatas à vitória final desta competição: Tottenham e Atlético de Madrid. Falando em clubes indesejáveis para os portugueses, na minha opinião, eram estas as três equipas a evitar. É obvio que falta ainda saber as equipas que virão da Champions - pode juntar-se a este grupo o Liverpool, por exemplo -, mas, para já, colocava numa primeira linha Bayern, Tottenham e Atlético, sendo que numa segunda linha entravam equipas como o Villarreal, Everton, AZ Alkmaar, Fiorentina e Hamburgo.



O Tottenham, apesar de estar a fazer um campeonato horrível, é uma equipa de grande qualidade e com jogadores de enorme craveira. Custa muito perceber o porquê de um campeonato tão irregular.
Não me querendo alongar muito em relação a esta equipa - em breve será analisada com mais profundidade no OLHOCLÍNICO -, acredito que Juande Ramos esteja particularmente interessado em conquistar esta Taça Uefa. Como há muita matéria prima e estando com poucas hipóteses de fazer grande coisa a nível de campeonato, acredito piamente que o Tottenham vai apostar muito forte nesta competição. E quem tem Berbatov, Lennon, Defoe, Keane, Jenas e companhia, arrisca-se a isso mesmo.



No que diz respeito ao Atlético de Madrid, confesso que sou um fã desta equipa. Se já o era no passado, isto apesar de ter tido sempre um carinho especial pelo Deportivo da Corunha (e agora pelo Sevilha), com a recente chegada de Simão Sabrosa, ainda mais motivos tenho para gostar do clube madrileno.
Ora, ver jogar o Atlético, nomeadamente a partir da linha divisória, é um prazer. Soluções não faltam. Não vejo muitas equipas nessa Europa fora com tantas e tão boas soluções para as alas e para o ataque. Rapidez de processos, velocidade nas alas, capacidade de drible, qualidade dos avançados a jogar de costas para a baliza, excelentes indices de finalização em todos eles... Que mais se pode dizer deste Atlético? Efectivamente, se melhorar a defender - para isso o mercado de Janeiro pode ser fundamental -, não tenho dúvidas que o Bayern de Munique tem aqui um concorrente à altura.

POSSIBILIDADES DAS EQUIPAS PORTUGUESAS

Em relação ao Braga, creio que já seria muito bom se conseguissem passar a fase de grupos. Se o conseguirem, já consideraria uma prestação positiva. Depois, para sermos realistas, mais jogo menos jogo, o Braga irá certamente ficar pelo caminho.

No que diz respeito a Benfica e Sporting, mesmo vendo algumas limitações em termos de planteis, acho que com bons reajustamentos em Janeiro, poderão muito bem entrar no lote das equipas que lutam por esse objectivo. Creio que, em primeiro lugar, está logicamente o Bayern de Munique mas, depois, há um lote de equipas que podem muito bem bater o pé ao colosso germânico, sendo que incluo os conjuntos portugueses nessa difícil missão.
Obviamente que a tarefa não é fácil, mais difícil se tornará se equipas como Valência e Liverpool se juntarem na Uefa mas, se no passado vimos Sporting e Porto a fazer história nesta competição, se o Benfica ainda recentemente chegou às meias-finais desta Taça, por que não os clubes portugueses terem tamanha ambição?

NOTAS


1. Gostaria de informar todos os participantes do RolaBola que os jogos a contar para a Taça de Portugal são iguais aos encontros de campeonato. Ou seja, o resultado que conta para efeitos de concurso é aquele que estiver definido no final dos 90 minutos.

2. Para aqueles participantes mais recentes e que não estão totalmente familiarizados com as regras do Rolabola, tenho a dizer que no MARCADOR DE SERVIÇO só se podem colocar jogadores pertencentes a clubes que estejam no boletim. Assim, se, por exemplo, não tivermos o Manchester United num dos 10 jogos, não é possível pontuarmos concorrentes que tenham colocado Cristiano Ronaldo, Rooney ou outros atletas, ainda que estes tenham marcado golos na respectiva jornada. (aqueles que fizeram mal ainda podem rectificar).
Relativamente ao Olhógolo MVP, o jogador escolhido tem obrigatoriamente de pertencer a uma das duas equipas que compõem o Olhógolo (jogo 10 do boletim). Essa figura diz respeito ao melhor em campo segundo o jornal "A BOLA".

3. A partir de hoje, voltarei (finalmente!) a ter SPORTTV em casa. Significa assim que poderei ver e analisar mais jogos no blog.

OLHÓ PLAYER "5"


NOME: Ludovic MAGNIN (Estugarda)

POSIÇÃO: Defesa esquerdo



DATA DE NASCIMENTO: 20/04/1978 (28 ANOS)
NACIONALIDADE: Suiço
ALTURA: 1,85 m
NÚMERO: 3 (Suiça) / 21 (Estugarda)
INTERNACIONALIZAÇÕES: desde 2000 (47 jogos, 3 golos)

CLUBES POR ONDE PASSOU:

1997-2000: Yverdon Sport (45 jogos, 2 golos)
2000-2002: Lugano (47 jogos, 0 golos)
2002-2005: Werder Bremen (55 jogos, 5 golos)
2005-Presente: ESTUGARDA (56 jogos, 2 golos)

ANÁLISE: Uma vez que Portugal já sabe com quem vai jogar no Euro2008, nada melhor que deixar no "Mundo da Bola" um dos melhores jogadores da Suiça, equipa com quem Portugal vai medir forças. Falo-vos de Ludovic Magnin, actual lateral esquerdo do Estugarda, companheiro de Fernando Meira, e actual capitão da selecção helvética.

Apesar de já ter representado uma grande equipa na Alemanha, no caso, o Werder Bremen, confesso que só esta temporada olhei para Magnin com mais atenção e regularidade. O facto de esta época ter a possibilidade de acompanhar a Bundesliga, tem feito com que possa analisar de forma mais profunda jogadores que não passam com tanta frequência pelas televisões portuguesas.
Dos jogos que já vi do Estugarda e também da selecção suiça (o mais recente foi o empate a zero dos helvéticos frente à Nigéria), em todos eles fiquei impressionado com a qualidade de Ludovic Magnin. É um jogador que certamente agradaria a José Mourinho. Alto, muito forte fisicamente, com uma passada larga, é um verdadeiro lateral moderno. Fecha muito bem por dentro, ajuda muito bem os centrais devido à sua experiência e capacidade no jogo aéreo; além disso, tem um pulmão fantástico (basta olharem para o número de jogos que faz em cada época que realiza) que lhe permite facilmente fazer o corredor esquerdo. Como se não bastasse, tem ainda uma característica que o destaca dos demais: a sua enorme facilidade em tirar cruzamentos venenosos, normalmente em força e para aquela zona entre os defesas e o guarda-redes.

Segundo consta, Benfica e Sporting andam no mercado à procura de um lateral esquerdo. Sinceramente não sei qual o valor pelo qual o Estugarda estaria disposto a libertar este suiço. Agora, não tenho dúvidas que Magnin é um jogador com qualidade mais que suficiente para jogar num "grande" português, e até, num clube de outra dimensão a nível Europeu.
Muita atenção a este lateral esquerdo. Vai certamente dar que falar no Europeu.

VIDEO: (aqui fica o video de um golo do Estugarda frente ao Bayern de Munique onde Mário Gomez aproveita da melhor forma um jogada pela esquerda, precisamente de Magnin.)


terça-feira, dezembro 04, 2007

Champions: Benfica vence na Ucrânia e garante Uefa


SHAKTHAR 1-2 BENFICA
(Lucarelli g.p; Cardozo (2))



Missão Uefa cumprida. A exibição não foi grande coisa mas, sinceramente, era difícil fazer melhor e era complicado pedir mais aos jogadores do Benfica. As condições climatéricas completamente adversas e o desgaste físico proveniente dos últimos jogos eram factores de sobra para o risco deste jogo. Além do mais, pela frente o Benfica tinha uma equipa deveras complicada, nomeadamente quando falamos nos jogadores do meio-campo para a frente.

No que concerne à primeira parte, diria que a sorte do jogo sorriu aos "encarnados". Ao contrário do que sucedera, por exemplo, em Glasgow, na primeira vez que o Benfica se aproximou da área do Shakthar, marcou. Oscar Cardozo aproveitou muito bem uma falha da defesa ucrâniana - o sector mais fraco da equipa - e, à saída de Pyatov, atirou facilmente para o primeiro do jogo. Se a estratégia passava por jogar de forma recuada e cautelosa para, em contra-ataque, explorar os espaços concedidos, nada melhor que entrar praticamente a ganhar na partida. Importa referir que, minutos antes, o Shakthar teve, talvez, a sua melhor oportunidade em todo o jogo. Valeu Quim a negar o golo a Lucarelli.
A partir do golo, nada mudou. O Shakthar continuou a atacar, dominou sempre o jogo mas nunca incomodou realmente Quim. O Benfica, apesar de controlar a partida, nunca conseguiu, contudo, sair a jogar. As bolas perdidas eram constantes, a facilidade com que o Shakthar recuperava a bola era preocupante.
A excepção de todo um resto de primeira parte jogado no meio-campo benfiquista aconteceu quando, numa das raras iniciativas de ataque, Maxi Pereira cruzou de forma perfeita para a cabeça do "Tacuara" que finalmente mostrou que também pode fazer golos dessa forma. Cardozo, qual Jardel, disse "sim" à bola e esta só parou no fundo das redes. Sem nada o fazer prever, dois zero para o Benfica na Ucrânia.
Até final do primeiro tempo, de registar apenas o golo dos visitados, isto através de uma grande penalidade cobrada por Lucarelli. David Luiz fez, segundo o árbitro, falta sobre o italiano. As imagens não são conclusivas. Importa referir que tanto Luisão como David Luiz tiveram, na primeira parte, muitas dificuldades em marcar a dupla Brandão-Lucarelli. Não é fácil marcar dois jogadores muito fortes fisicamente e com enorme capacidade no jogo aéreo. Na segunda parte os centrais "encarnados" encaixaram totalmente nas marcações e não mais se viu perigo criado por esta dupla.
Ao intervalo, vitória pela mínima do Benfica o que indiciava precaução para o segundo tempo.

No segundo tempo, a história do jogo não se alterou. O Shakthar teve mais posse de bola mas nunca foi aquela equipa massacrante que deveria ser, sabendo de antemão que só a vitória possibilitava continuar na Champions.
Relativamente ao Benfica, apesar de controlar o jogo, faltou sempre o contra-ataque, arma essa que a equipa tinha na temporada anterior, fruto da velocidade de Simão e Miccoli. É pena o ataque "encarnado" ser lento porque, nestes jogos, dá muito jeito ter atletas rápidos para explorar os espaços.
Não foi possível fazer melhor mas, sinceramente, também não era preciso. Foi uma equipa quanto baste que se apresentou na Ucrânia.

PS: O Benfica tem claramente um problema na lateral direita. Desta vez tivemos Nelson de inicio mas, sinceramente, quer um quer outro (L.F) não têm qualidade para jogar no Benfica.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

ROLABOLA Jornada 15

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Fiorentina 0-2 Inter Milão
(Luis Jimenez, Julio Cruz)

Milão 0-0 Juventus

Aston Villa 1-2 Arsenal
(Gardner; Flamini, Adebayor)

Lille 1-1 Marselha
(Kluivert; Niang)

Valladolid 2-0 Villarreal
(Llorente, Zapata)

Espanhol 1-1 Barcelona
(Coro; Iniesta)

Bétis 0-2 Atlético Madrid
(Fórlan, Raul Garcia)

Twente 2-1 AZ Alkmaar
(N´kufo (2); Pelle)

Sporting 1-1 U.Leiria
(Izmailov; Toñito)

OLHÓGOLO:

Benfica 0-1 FC Porto
(Quaresma)

OLHÓGOLO MVP: Lucho Gonzalez





CAMPEÃO EM TÍTULO

CONSIDERAÇÕES:

- À 14ª Jornada, Cristina Falcão vence pela primeira vez uma jornada do RolÀbola, mostrando, mais uma vez, que o futebol é um desporto universal. Esta participante começou mais tarde que (praticamente) todos os outros mas tem mostrado pormenores de grande jogador. Atenção que esta jogadora começa a "apertar os calos" aos participantes que lutam pela Europa. Atenção... Muita atenção e, por que não, muito MEDO!

- Desta vez o risco não compensou. Eduardo Marques, Vitinho e Gustavo Guerra, três participantes que gostam de tentar acertar nos resultados, nesta ocasião fizeram muito poucos ponto (1, 3 e 4 respectivamente). Quem joga ao ataque, nem sempre ganha. Lá na frente, joga-se muito à la Trapattoni e os bons resultados, para já, têm sido evidentes.

- Que dizer pela fantástica luta a três pelo título. Os três participantes em questão são do mais conservador que pode haver. Não arriscam um milimetro. Mas o que é facto é que as suas estratégias têm resultado e, há que dizer, não é só nesta época. Exceptuando Zé Boinas, um novato nestas coisas, completam o pódio o campeão em título (Faria) e o campeão de 2006 (André Braz). Não gosto do futebol deles mas que é eficiente, isso ninguém pode negar.

Bwin Liga: Má exibição leonina complica contas do título

Sporting 1-1 U.Leiria
(Izmailov; Toñito)

O HERÓI FERNANDO E O VILÃO PATRICIO!



De mal a pior. Que dizer deste Sporting lento, apático, sem ideias e demasiado inconsequente para quem quer ser campeão. Mais, sabendo de antemão que o segundo classificado havia perdido um dia antes, os "leões", por forma a encurtar distâncias, tinham, em casa e perante o último classificado da Superliga, obrigação de fazer muito mais. Ficaram-se pelo empate e, com mais dois pontos perdidos para o Porto, creio que é já muito complicado à turma de Paulo Bento conquistar o título.

O Sporting até entrou relativamente bem no jogo. Apesar de não ter criado grandes problemas a Fernando, a equipa entrou algo pressionante e com iniciativa de jogo, algo que lhe permitiu, desde logo, um dominio territorial sobre o adversário. Aliás, nada de surpreendente, tendo em conta que o Sporting necessitava urgentemente da vitória e defrontava, no seu reduto, o lanterna da prova.
Paulo Bento disse no final do jogo e muito bem que a equipa abanou com a primeira grande oportunidade do Leiria no jogo. Maciel teve tudo para fazer o golo e não fez porque Rui Patricio salvou. Não marcou a equipa de Vitor Oliveira mas essa clara ocasião de golo serviu para mostrar ao adversário que o contra-ataque leiriense poderia, a qualquer momento, causar danos. E a verdade é que mais ou menos a partir desse momento, o Sporting começou a revelar aquela intranquilidade proveniente dos maus resultados. Os passes errados começaram a aparecer com maior frequência, os cruzamentos eram tirados quase sempre ao primeiro e a meia altura, algo que beneficiava os defesas, os remates à baliza... Nem vê-los. Assim, não foi de espantar que o nulo se registasse ao intervalo.

Na etapa complementar, creio que a história é mais ou menos igual à da primeira, sendo que com a nuance dos golos.
O Sporting voltou a entrar melhor e foi nesse periodo incial da segunda parte que chegou ao golo. Izmailov beneficiou de um ressalto de bola dentro da área e, com classe, picou o esférico sobre Fernando, fazendo o primeiro da partida. Ora, em vantagem, pensar-se-ia que os "leões" poderiam arrancar para um jogo mais conseguido e para uma exibição mais alegre, algo que não veio a acontecer. Nem foi a União de Leiria que reagiu e que obrigou o Sporting a recuar e a intranquilizar-se ainda mais. Nada disso. O Sporting nunca conseguiu jogar de forma organizada, nunca demonstrou ao seu opositor um futebol merecedor de uma vantagem confortável e, o pior de tudo aconteceu quando Anderson Polga não conseguiu concretizar uma grande penalidade. Fernando voltou a ser preponderante para os de Leiria e adivinhou a intensão do brasileiro. Mais um "tiro no pé" da equipa leonina, sendo que esta oportunidade desperdiçada viria a custar muito caro a Paulo Bento e companhia.
Ainda a respeito da penalidade, devo dizer que não compreendo como é que uma equipa como o Sporting não tem um marcador fixo das grandes penalidades. Já tivemos Liedson, depois Moutinho e agora Polga. Sinceramente, esta troca de marcadores custa-me a entender.

No último terço da partida, a exibição do Sporting foi piorando e naturalmente que a equipa visitante começou a acreditar. Numa primeira instância valeu Rui Patricio a negar o golo, num segundo momento, o guarda-redes leonino revelou-se tremendamente infeliz e permitiu a Toñito marcar à sua antiga equipa e da forma mais fácil do Mundo. Numa altura complicada da época, não é nada fácil para um jovem actuar num posto tão específico como a baliza do Sporting. Tem tido as suas responsabilidades e, em termos futuros, poderá ser prejudicial esta ascensão de Patricio a titular da equipa, isto num momento em que é preciso maturidade, experiência e uma mentalidade forte para ultrapassar este difícil momento.
Até final, o Sporting tentou o golo da vitória mas todas as tentativas de ataque sairam frustradas dado que houve sempre mais coração do que cabeça. O ponto acabou por satisfazer mais os leirienses já que empatar em Alvalade, seja em que circunstância for, é sempre um ponto positivo e moralizante para os compromissos futuros.
Já o Sporting, resta-lhe esta quarta-feira receber o Dinamo Kiev e tentar vencer de forma categórica para, quem sabe, começar a dar os primeiros passos para uma crise menos profunda.

domingo, dezembro 02, 2007

Bwin: Porto vence na Luz pela mínima


Benfica 0-1 FC Porto
(Ricardo Quaresma)

NOITE DE "LUCHO" DO PORTO "LIXA" CONTAS DO TÍTULO AO BENFICA!



Título arrumado? Sinceramente, parece-me ainda cedo para tirarmos um conclusão dessas. É verdade que o Porto leva um confortável avanço, é certo que no clássico deste fim-de-semana mostrou uma qualidade e um colectivo muito superior ao seu adversário mas, ao fim ao cabo, não nos podemos esquecer que ainda há muitos jogos pela frente e também o mês de Janeiro que permite reajustamentos de plantel. Portanto, Porto em vantagem mas nada de definitivo em termos de contas.

Relativamente ao clássico, não há dúvida que o Porto foi muito superior ao Benfica, nomeadamente no primeiro tempo. Nem a primeira grande oportunidade de golo por intermédio de Nuno Gomes, no minuto inicial, fez abanar os "azuis e brancos". Qualidade de posse de bola, sectores bem unidos, rapidez de processos, velocidade nas alas, enfim, um verdadeiro luxo ver o Porto dominar em pleno Estádio da Luz. Para isso tudo, três "artistas" em claro destaque. Aliás, os nomes são sobejamente conhecidos e até já cansa referi-los dado que são sempre os mesmos: Lucho González, Ricardo Quaresma e Lisandro Lopez. Três jogadores do melhor que há no nosso país, sendo que os mesmos teimam em aparecer nos grandes jogos, sintoma revelador de toda a sua qualidade.
Pelo exposto, parece-me óbvio que houve muito mérito do Porto para a apatia revelada pelo Benfica nos primeiros 45 minutos. A pressão alta portista obrigava o Benfica a jogar longo e pelo ar (Bruno Alves levava sempre vantagem sobre Nuno Gomes), depois, outro pormenor que me chamou a atenção, os alas do Porto nunca acompanhavam a subida dos laterais "encarnados". Como consequência disso, Léo e Luis Filipe, no primeiro tempo, tinham sempre muito receio em subir no terreno já que temiam os contra-golpes de Quaresma e Tarik.
Se houve efectivamente mérito do Porto, também me parece que houve algum demérito por parte do Benfica. A equipa estava mal arrumada para querer ganhar um jogo desta envergadura. É certo que é muito mais fácil falar depois de vermos o sucedido mas, na minha opinião, houve alguns factores que condicionaram a exibição benfiquista. Desde logo, a inclusão de Luis Filipe na equipa. Cansa ver este pseudo-jogador no onze do Benfica, sabendo que Nélson está no banco de suplentes e, pelos vistos, completamente recuperado da lesão. Pareceu-me completamente arriscado manter Luis Filipe no onze, sabendo que do outro lado estava tão e somente Quaresma. Depois, a repetida insistência em Petit-Katsouranis como "duplo-pivot" defensivos. É como venho dizendo há muito tempo: Petit gosta de jogar sozinho como trinco, Katso rende claramente mais como interior ou em terrenos mais avançados. Ainda outro aspecto que também temos vindo a alertar, não se pode continuar a insistir em Nuno Gomes como único ponta-de-lança. Já se sabe que só por milagre é que o "21" factura a jogar sozinho. E então se for solicitado pelo ar, aí a coisa ainda fica mais complicada.

Em termos de segundo tempo, naturalmente que a reacção do Benfica foi outra e para melhor. O Porto também baixou as suas linhas e procurou jogar em contra-ataque. O problema para Jesualdo foi que o desgaste físico acentuou-se e as lesões de Tarik e Quaresma fizeram com que se perdesse rapidez nas transições. Ter na frente Mariano e Postiga não é naturalmente a mesma coisa. Ainda assim, uma palavra para Lisandro Lopez que esteve absolutamente incrível em toda a partida. Vê-lo ao vivo no estádio é algo de fascinante. Corre que se farta, luta até não poder mais, recupera bolas, sabe segurar o esférico, remata bem, assiste bem... Enfim, um verdadeiro regalo para os olhos.
Voltando ao Benfica, obviamente que esteve por cima em termos de segunda parte. Registei uma frase de Joaquim Rita, comentador Antena1, que dizia que o Porto foi superior no primeiro tempo em qualidade ao passo que o Benfica foi superior na segunda parte mas em quantidade. Ora, nem mais. A turma de Camacho esteve de facto por cima nesta etapa complementar mas nunca mostrou uma organização colectiva e uma arrumação de ideias que lhe permitisse mudar o rumo dos acontecimentos. Houve aqui e ali uma ou outra situação em que Helton se viu em apuros mas o mesmo conseguiu, com enorme classe, justificar mais uma vez o porquê de ser por muitos considerado o melhor guarda-redes a actuar em Portugal.
Contas finais, o Porto acabou por chegar ao fim em vantagem, algo que se aceita perfeitamente tendo em conta aquilo que foi o jogo. Resta ao Benfica tentar chegar a Janeiro com uma diferença pontual na casa dos 5-7 pontos para depois, com reforços de qualidade e algumas dispensas, tentar atacar a segunda volta.


PS: É um regalo para os olhos ver Lucho González e Lisandro Lopez (os dois melhores em campo - Lixa foi, para mim, o melhor -) ao vivo. E a selecção argentina até se dá ao luxo de não os convocar...

sábado, dezembro 01, 2007

DIA DE CLÁSSICO




Quim - Helton (2): Mora no Dragão o melhor guarda-redes da Superliga.

Luis Filipe - Bosingwa (2): Uma espécie de Finlândia - Portugal. Há dúvidas?

Luisão - Pedro Emanuel (1): O brasileiro tem tudo melhor que o Pedro Emanuel. O portista apenas tem como vantagem o facto de dar mais pau e mais cotoveladas.

David Luiz - Bruno Alves (1): David Luiz só não é (ainda) considerado o melhor defesa central a jogar em Portugal por respeito àquilo que Polga tem feito nestes últimos anos de leão ao peito. Mas para lá caminha. Bruno Alves costuma ser um "monstro" dentro de campo mas, ao pé do brasuca, ainda é um "cordeirinho".

Léo - Fucile (1): Gosto muito do uruguaio mas a "formiguinha" é, sem dúvida, o melhor lateral esquerdo a jogar em Portugal já desde os tempos em que só Jorge Luiz lhe cheirava os calcanhares.

Petit - Paulo Assunção (1): Discutível para alguns, indiscutível para mim. Petit é melhor que Assunção. Se são semelhantes nas suas funções defensivas, sob ponto de vista ofensivo, Assunção perde claramente. Petit marca livres e, por conseguinte, faz golos, algo que não me recordo de ver no brasileiro.

Katsouranis - Raul Meireles (1): Dois jogadores de grande qualidade. Meireles destaca-se pela sua forte meia distância, algo que Katsouranis não tem - 1 ponto a favor para o médio do Porto -. Katso é um jogador polivalente (1 ponto) e faz mais golos que Meireles (+ 1 ponto). Vence o grego por pontos.

Rui Costa - Lucho Gonzalez (2): Rui Costa tem feito uma época fabulosa e o seu curriculum fala por si. Contudo, se tivermos de analisar em termos actuais, Lucho é o "el comandante".

Maxi Pereira - Tarik Sektioui (x): Dois jogadores completamente diferentes. Um é um falso ala, o outro é um extremo puro que faz da capacidade técnica e da explosão as suas principais armas. Maxi é mais forte fisicamente e é uma melhor muleta em termos defensivos, Tarik é um jogador trabalhador e que acrescenta à equipa do Porto dinâmica pelo seu flanco. Fico-me pelo empate técnico.

Cristian Rodriguez - Quaresma (2): Ambos têm sido decisivos nas suas equipas. O uruguaio tem sido de uma regularidade tremenda e é já considerado uma das principais figuras dos "encarnados". Se jogasse no flanco oposto, não daria quaisquer hipóteses aos Tariks e Marianos do Porto. Agora, quando falamos de Quaresma, aí a coisa já muda de figura. O "cigano" é e tem sido juntamente com Lucho, a grande referência do FC Porto pós-Mourinho. Perante isso...

Nuno Gomes - Lisandro Lopez (2): O "21", quando tem tudo para fazer golo, prefere dar para o lado; o "9", quando tem tudo para assistir um seu companheiro, rodopia, inventa uma finta e, como diz o da rádio... "toma lá que é fresquinho". Acho que nos números está logo vincada a resposta.
E atenção que não seria descabido uma chamada de Lisandro Lopez à selecção argentina.

Se fizerem as contas, o resultado é de 5-5 (EMPATE). Temo que hoje o Tarik se superiorize ao Maxi e desequilibre as contas. Se assim fosse, ficariamo-nos pela margem mínima para o Porto. A não ser que o Maxi lhe tenha tomado o gosto. Nesse caso...

PERDIDOS E ACHADOS


Mais uma rubrica nova no blog. O "perdidos e achados" pretende dar espaço àqueles jogadores que no passado foram conhecidos pelos melhores ou piores motivos. Os atletas que passaram em Portugal e nos Grandes vão ser alvo de preferência mas o estrangeiro e também os clubes mais pequenos merecerão tempo de antena.
Esta rubrica será apresentada esporadicamente, pelo que não haverá qualquer compromisso temporal na sua apresentação.

PERDIDOS E ACHADOS "1"

NOME: Julian Andrés KMET



Corria a época de 1998/99. Chegava a Portugal uma promessa do futebol argentino, 21 anos, esquerdino, pinta de crack. Julian Kmet, médio esquerdo que também podia jogar como organizador de jogo. Qualidade de passe e capacidade técnica eram os principais atributos deste argentino que muito dinheiro custou ao Sporting (5 milhões de dólares). Era um investimento de alto risco mas completamente calculado pela direcção leonina.
Ora, o resto da história já toda a gente sabe. Jornada após jornada revelou-se um autêntico BARRETE. Terá sido falta de adaptação à Europa? A verdade é que, depois de ter saído do Sporting, não mais Kmet voltou a pisar solo europeu. Esteve em clubes como o Lanús, Nueva Chicago, Newell´s Old Boys, Argentinos Juniores, Gimnasia Jijuy e, actualmente com 31 anos, actua na segunda divisão argentina, mais concretamente no Ferro Carriloeste onde é o capitão de equipa (número 8).

Para quem tem saudades dele, aqui fica um golaço que conseguimos descobrir de Kmet, itso quando representava o Nueva Chicago:


INDEPENDENTEMENTE DA ORDEM...

CONCORDO EM ABSOLUTO!