sexta-feira, abril 11, 2014

I WANNA DO IT AGAIN



Pronto, a minha menção honrosa aos grandes Silence 4 já está feita no título: estamos a fazer o caminho brilhante do ano passado e naturalmente que as expectativas em repetir uma final europeia são elevadas. Matéria prima é o que não falta. A ver mais uma vez pela amostra, qualquer jogador que Jesus lance em campo, está física e mentalmente apto para corresponder.

Dividirei esta crónica em duas partes: positivo e negativo.

POSITIVO:

- Sociedade Sálvio-Rodrigo. Nos momentos iniciais do jogo e ao ver uma qualquer jogada do Sálvio, virei-me para o meu irmão e disse-lhe que o argentino estava de volta. Não sei precisar qual foi o momento mas notei logo que o seu arranque estava muito mais potente. Pois bem, minutos mais tarde fez uma jogada monstruosa para o golo do Rodri e brindou-nos com um punhado de jogadas que tão bem ele sabe fazer. Com efeito, não me surpreenderia que Toto descansasse no fim-de-semana e fosse efectivo no importante confronto com o Porto.
Relativamente a Rodrigo, está numa forma extraordinária. Por favor revejam o primeiro golo do Benfica e notem a sua cavalgada antes de finalizar - a fazer lembrar Ronaldo -. Fantástico momento. Mas o hispano-brasileiro não se ficou por aqui: para além de bisar, proporcionou-nos momentos de pura magia, com rodopios tremendos e alguns passes de ruptura geniais (pena que Cardozo não tenha aproveitado). 

- Solidez defensiva. Tudo bem que o AZ não é uma equipa de topo mas normalmente os conjuntos holandeses fazem golos. Na Luz, tal como em Alkmaar, não foi o caso. E mais do que assinalar as debilidades ofensivas deles, devemos sublinhar o acerto defensivo dos nossos. Todo o sector esteve bem mas aquela dupla de centrais merece um destaque extra. Voz de comando, liderança e inteligência táctica por um lado, classe, poder de antecipação e tranquilidade por outro. Como diz o nosso amigo Octávio Machado... Vocês sabem de quem é que eu estou a falar...

- Rotatividade. Já deu para ver que jogue quem jogar, há fortes possibilidades de êxito. Jesus tem-no feito na perfeição e o plantel tem correspondido na sua plenitude. Faltará um pouquinho mais de Sulejmani e de Djuricic para a festa ser perfeita mas, sejamos justos, é difícil pedir-se mais a este elenco. Como se costuma dizer, tem sido um ano "à Benfica"!

- Arranca Siqueira. Já me começo a habituar a usar mentalmente estas palavras quando vejo o brasileiro ou então o extremo esquerdo com a bola. Está também ele num grande momento e fisicamente sente-se confortável em subir e descer com grande regularidade. Sem Sílvio terá provavelmente de fazer horas-extra neste final de época mas, a ver pela amostra, não me parece que vá ser por aí que vá quebrar. 
Uma coisa me parece evidente: seja por 4, 5, 6 ou 7, Siqueira é para se comprar. 

- Grande Sevilha. Não, meus amigos, não estou a tentar com isto provocar ninguém. Para mim foi uma excelente noticia a passagem dos sevilhanos às meias. Por vários motivos. Desde logo, porque caiu um adversário muito forte e que se costuma dar muito bem connosco; porque adoro este conjunto andaluz e a sua afición; porque entendo que o futebol do Benfica encaixaria mais facilmente frente a esta equipa, já que privilegiam o futebol ofensivo e também deixam jogar o adversário; e finalmente porque não me apetecia nada enfrentar quatro vezes o FC Porto neste final de época, jogos esses que implicam um desgaste físico e emocional acima do normal.

NEGATIVO:

- A lesão de Sílvio. Uma imagem que nos deixou a todos tristes. Uma lesão gravíssima e que ninguém merece. Muito menos este jovem rapaz que estava num excelente momento e a preparar-se para uma viagem justíssima ao Brasil. A pior noticia da noite.

- Petardos. Alguns adeptos do Benfica não aprendem. Continuam com estas coisas e a Uefa já avisou que o clube corre o risco de jogar um jogo à porta fechada. Naturalmente que não o desejo mas era isso mesmo que alguns mereciam. 

- Sulejmani e André Gomes. Gosto dos dois - principalmente o nosso André - mas neste jogo faltou-lhes intensidade. Nota-se que sabem tratar a bola mas por vezes demonstram falta de agressividade e até de velocidade quando querem progredir com o esférico. Foram os jogadores menos rotativos da noite.

E pronto, chegámos a mais uma meia-final europeia. Juventus, Sevilha e Valência são os adversários possíveis. Todos eles são difíceis, obviamente. Já ouvi teorias de que seria melhor jogar com a Juve a duas mãos do que apenas numa. Percebo a ideia. No entanto, mantenho a minha: o objectivo principal neste momento passa por chegar à final. E se todos reconhecemos que os italianos são os mais fortes, pois então que se trate de evitá-los. 
Como escrevi atrás, o Sevilha seria a equipa que, no meu entender, melhor serviria os nossos interesses já que joga para a frente mas também deixa jogar. Eu iria por aqui e, de preferência, com o factor casa a sorrir-nos no segundo jogo. Aguardemos, pois então.

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