sexta-feira, outubro 31, 2014

OLHO CLÍNICO


Vem aí um Ajax - Barcelona e é o momento certo para introduzir-mos um jogador que, pensamos, poderá ter um belo futuro pela frente. 

NOME: Lucas Andersen

NACIONALIDADE: Dinamarquesa

IDADE: 20 anos (13-09-1994)

CLUBE: Ajax

POSIÇÃO: Médio ofensivo


VIDEO:


O Ajax sempre foi uma equipa que me deu prazer ver jogar. Apresenta sempre jovens promissores e um futebol alegre e ofensivo. Tudo bem que o futebol holandês é suspeito mas este menino, Lucas Andersen, parece-me mais um atleta na linha de Cristian Eriksen: bom recorte técnico, boa qualidade de passe e visão de jogo. Para quem nunca o viu jogar, é um jogador na linha de Nuno Assis. Não é um puro "10" e gosta essencialmente de cair na esquerda para ter mais bola e liberdade para executar os seus movimentos ofensivos. 

Fiquem atentos ao Ajax - Barcelona e, já agora, a Lucas Andersen, número "16".


quinta-feira, outubro 23, 2014

EMPATE SEM SABOR

Empatar fora na champions normalmente é um bom resultado. Neste caso em particular, acabou por saber a pouco - muito embora tivessemos desejado que o jogo acabasse o mais rapidamente possível após a expulsão do Lisandro -. O Mónaco tem algumas individualidades mas, francamente, não tem nível de champions. 

A questão de fundo é que, infelizmente, este Benfica também demonstra fragilidades e comete muitos erros. Desde logo, na forma como entra nas partidas. Tal como tinha sido frente ao Zenit e Leverkusen, fica sempre a impressão inicial de que estamos perante um qualquer colosso europeu e praticamente não conseguimos respirar. Uma vez mais não seria de espantar se ainda nos primeiros 5 minutos já estivessemos atrás do prejuízo. Felizmente, após os 20 minutos, a equipa começou a ter mais bola e a aparecer mais perto da baliza de Subasic. 

Na segunda parte houve melhorias e ficou a sensação de que a equipa encarnada poderia chegar ao golo. Dispôs de algumas boas ocasiões mas não foi eficaz na finalização. Lima tem estado relativamente bem longe da baliza mas não tem tido aquele poder de fogo que outrora mostrou. Diria que faltou Jonas para dar o toque de classe que esta equipa necessitava.

Vamos a notas:

MVP: André Almeida. Concordei a 100% com a sua inclusão no onze. Não sendo nada de especial, pelo menos percebe o papel que o "6" tem de ter e dá outra ajuda quer aos laterais quer aos centrais. Além disso, é mais intenso e mais rijo que Samaris e Cristante. Ganha o estatuto de melhor em campo, algo que tem tanto de bom como de preocupante.

Maxi+Eliseu: O uruguaio tem estado bem melhor que o português. No entanto, juntei-os aos dois porque, honestamente, não é possível uma equipa de champions ter dois laterais tão passivos a defender. Para consumo interno chegam perfeitamente mas lá fora sentem-se bastante as suas fragilidades. E então quando não há um Garay ou um Fejsa para as dobras, ainda se sente mais o quão vulneráveis são. Sílvio, à esquerda ou à direita, tem lugar de caras neste onze.

Lisandro. Foi justamente expulso - entrada ridícula para quem já tem amarelo - mas, sinceramente, até gostei do seu jogo. Entrou mal mas aos poucos foi melhorando. Com a bola nos pés parece-me mais inteligente que Jardel. Ok, isso não será propriamente algo de extraordinário mas já é um começo. Precisa de mais jogos e de mais tempo de treino para se adaptar ao sistema defensivo que Jesus tanto gosta.

Enzo. Melhorou qualquer coisa no segundo tempo mas esteve muito longe do motor que todos gostamos. E quando não se vê muito em campo, a equipa naturalmente que se ressente.

Talisca. Mais um jogo sem chama, sem intensidade, sem cultura táctica, sem rasgo, sem capacidade física e sem poder de fogo. Há quem o compare a Rivaldo (pausa para rir); eu, neste momento, comparo-o com Bruno César.

Sálvio. Ultimamente tem-se agarrado em demasia à bola. Dá tudo o que tem em campo, acaba todas as partidas exausto mas em termos de "sumo" tem deixado um bocado a desejar. Tem toda a minha confiança e por esperar tanto de "Toto" é que sou tão exigente com ele.

Nico Gaitán. Misturou o mau com o muito bom e foi dos poucos a realmente agitar o ataque. Já o vi com mais alegria em campo mas, ainda assim, nota-se que está de corpo e alma no clube e com vontade de mostrar serviço. Bom jogo no geral do argentino

Bebé.  Sempre fui contra a sua contratação e, infelizmente, está a justificar todas as minhas suspeitas. Não basta ter força e velocidade. Um jogador que não levanta a cabeça, que não domina uma bola em condições e não percebe o jogo nunca na vida pode ser um jogador de futebol. Dá para juntar Tiago e Ola John numa bimby e fazer um jogador a sério com as virtudes dos dois?

Samaris. Gostei da sua entrada. Curiosamente, mostrou alguns bons pormenores a jogar com um verdadeiro trinco atrás de si. 


Foram-se dois pontos e ficou mais uma vez a sensação de que esta equipa não tem estômago para a champions. Curiosamente, nem sequer dá mostras de ter argumentos para ir longe na liga europa. Pelo exposto, seria fácil abdicar da Europa e concentrar esforços nas competições internas. Tudo isso seria muito engraçado mas estamos a falar do Sport Lisboa e Benfica. Desistir ou abdicar do que quer que seja não é condizente com a história deste clube. Como tal, há que se ir em busca dos 9 pontos que ainda estão em disputa. Já jogámos contra todas as equipas do grupo e, apesar de ter parecido outra coisa, posso garantir-vos que nenhuma chega aos calcanhares de um Bayern, Barcelona ou Real Madrid. Ganhem coragem e mostrem a vossa raça, o vosso querer e a vossa ambição. Tenho dito!


quarta-feira, outubro 22, 2014

OLHO CLINICO











Conhece algum destes jogadores? O Mundo da Bola gosta não só de descobrir talentos como também de dar a conhecer jovens promessas. Modestia à parte, temos tido a felicidade de descobrir jogadores que podiam ter vindo para Portugal antes dos tubarões lhes pegarem. Eis alguns dos nomes que já aqui deixámos:

Di Maria (Mundial Argentina sub-17)
Lavezzi (San Lorenzo)
Toto Sálvio (Lanus+Argentina)
Luis Suarez (Groningen)
Van der Wiel (Ajax)
Hamsik (Brescia)
Cuadrado (Lecce)
Ivanovic (Lokomotiv Moscovo)
Oliver Torres (sub 17 Espanha)
Isco (sub 17 Espanha / juniores Valência)
Alexis Sanchez (selecção Chile sub-17)
Mauricio Isla (Chile sub-17)
Lamela (River Plate)
(...)

Brevemente, algumas considerações sobre os rapazes das fotos!

segunda-feira, outubro 06, 2014

CHAPA 4


Primeira parte horrível. Muitos erros defensivos e falta de intensidade a meio-campo. Depois, na frente, Nico desinspirado, Sálvio a agarrar-se muito à bola e Lima completamente perdido no meio dos centrais. Só Derley conseguiu receber, rodopiar e entregar a bola com alguma qualidade. Bem sei que o Arouca é uma equipa chata e que defende bem, também é verdade que os jogos pós-champions são sempre delicados mas exigia-se mais a uma equipa do nível do Benfica.

Há um pormenor que parece que por vezes passa ao lado dos adeptos benfiquistas mas que convém sublinhar: às recentes ausências de Jardel, Júlio César e Enzo, temos também de acrescentar quatro jogadores que, tenho a certeza, teriam muita influência na estratégia e na política de rotação de Jorge Jesus. Falo de Sílvio (possivelmente titular na esquerda), Fejsa (indiscutível a "6") e Amorim mais Sulejmani, jogadores que, não sendo propriamente titulares, teriam papel preponderante neste tipo de jogos pós-competições europeias. Ora, se a isto juntar-mos as muitas saídas e os naturais periodos de adaptação de alguns jogadores, percebemos facilmente que também é preciso ter alguma calma e paciência.

Vamos a notas:

MVP: Derley: lutou, trabalhou muito na frente, procurou sempre respeitar as tabelas e marcou o seu primeiro golo no campeonato. Teve muito mérito na forma como assistiu Talisca no primeiro golo e, não só por isso mas por tudo o que atrás referi, merece este destaque.

Artur: creio que terá sido o seu melhor jogo no último ano e meio. Preocupante por ter sido em casa com o Arouca mas animador por voltar a ver o brasileiro a "sorrir". 

Lisandro: foi subindo de produção com o passar dos minutos mas, francamente, esperava mais do argentino. Mostrou alguma aptidão no jogo aéreo (enviou uma bola ao poste) e alguma qualidade com a bola nos pés. Ainda assim, jogador a rever.

Eliseu: defensivamente comete muitos erros. Jogar com dois laterais que não defendem bem e ter um trinco tão macio como Samaris é algo que vai custar muitos pontos a esta equipa. Volto a bater na mesma tecla: Sílvio e Fejsa seriam ouro nesta equipa.

Samaris: percebe-se que à medida que vai subindo no terreno que o seu futebol cresce. Ainda assim, muito pouquinho para um jogador de 10 milhões. Como "6" já deu para ver que não serve. Espero que em Braga Jesus aposte em André Almeida.

Talisca: abriu a lata com uma bela tabela e boa finalização de pé direito. Mais um golo, tento esse que lhe permite ascender à liderança nos melhores marcadores. Os números estão lá e, com mais ou menos sorte, tem de ter mérito também. Na primeira parte, a "8", esteve horrível. Pouco intenso, nunca conseguiu combinar com Samaris e nem em termos de passe (a sua melhor qualidade) teve assertivo; no segundo tempo, aproximou-se mais dos atacantes e melhorou. Percebe-se que joga melhor mais perto da baliza. Tem margem para crescer e pode vir a ser um bom jogador. Se já me seduz como jogador do Benfica? Não.

Ola John: não entrou bem no jogo mas aos poucos foi melhorando. Acaba o jogo com dois bons passes, qualidade que sempre lhe reconhecemos. Honra lhe seja feita: tem entrado e tem contribuido. Que continue assim!

Pizzi: jogou pouco tempo mas mostrou alguns apontamentos interessantes. Quero ver coisas dele já frente ao Covilhã. 


Jogando melhor ou pior, com maior ou menor dificuldade, importa continuar nesta senda de vitórias no campeonato. Vem aí um jogo dificílimo em Braga. Há que melhorar defensivamente já que o Braga pode causar dano. Esta paragem - para recuperar jogadores e melhorar a forma de outros - poderá ser benéfica.

A pensar na taça:

Artur, Maxi, Luisão, Lisandro, Benito; André Almeida, Pizzi, Tiago, Ola John; Jonas e Derley


quarta-feira, outubro 01, 2014

ERROS CAPITAIS


- Estrear um trinco na champions e frente a um adversário forte e que pressiona muito na frente foi um risco tremendo. Jesus já percebeu que Samaris não dá conta do recado e tentou fazer algo diferente naquela posição. Correu mal.

- Quando André Almeida é, até prova em contrário, o nosso melhor trinco, creio que está tudo dito sobre algumas das limitações que esta equipa tem e que se notam particularmente no plano internacional;

- Jardel e Eliseu. Para consumo interno chegam, para este nível deixam muito a desejar. Se Eliseu ainda vai disfarçando com alguma qualidade ofensiva, já Jardel continua a acumular erros e não tem feito esquecer Garay. Será Lisandro assim tão mau, ao ponto de nem sequer ter uma hipótese quer no campeonato quer na champions?

- Talisca. Sinceramente, não percebo o endeusamento que os adeptos do Benfica fazem deste jogador. Tem alguma qualidade técnica e faz da qualidade de passe a sua melhor arma. Pode ser que evolua mas a intensidade que empresta ao jogo e as evidentes debilidades físicas fazem dele um jogador sem andamento para, para já, ser um titular indiscutível (como tem sido) do Benfica. Vejo Talisca como uma espécie de Ola John do centro do terreno. Reconheço alguma habilidade mas, para já, não me convence este tipo de jogador que parece um qualquer Ganso ou Roger a jogar no campeonato brasileiro;

- As equipas da champions quando jogam contra o Benfica (nomeadamente no seu reduto) parecem sempre mais fortes do que aquilo que realmente são. Houve muito mérito do Bayer - que pressão incrível e que qualidade nas transições e movimentações ofensivas - mas não estamos perante um Real ou um Bayern. E hoje parecia que estavamos perante um colosso europeu. Jesus tem de perceber de uma vez por todas que fora na champions tem de povoar o meio-campo. Jogar com Cristante (que desilusão!) e com Talisca é dar pontos ao adversário. 


Há que seguir em frente e pensar no próximo adversário, o Arouca. Está visto que não temos andamento para andar na champions. Penso que Leverkusen e Zenit vão seguir em frente. Quanto a nós, teremos obrigatoriamente de ir buscar pontos a França para acreditar, pelo menos, na continuidade na Europa.